A Consciência Negra nos EUA

por LUCAS ANTÔNIO

Nos Estados Unidos, onde questões relacionadas às diferenças raciais e de credo têm se mostrado ainda muito complexas, milhares de negros se encontraram no dia 16 de novembro em frente ao Departamento de Justiça dos Estados Unidos. O motivo do encontro: exigir que os crimes relacionados à discriminação racial e à incitação ao ódio sejam punidos com mais rigor.


Essa manifestação é o resultado de infelizes acontecimentos claramente racistas que têm ocorrido nos últimos 18 meses nos EUA – como o da Universidade de Colúmbia, em Nova York. Tanto escolas quanto locais de trabalho têm encontrado forcas penduradas em maçanetas e outros lugares bem visíveis. Suásticas têm sido pintadas em locais públicos. Além disso, há várias denúncias de violência policial contra os negros e de tratamento diferenciado em processos criminais quando o suspeito é negro.

Essa passeata trouxe à tona a memória de um evento similar, ocorrido no dia 28 de agosto de 1963, também em Washington. Um pastor negro de 34 anos de idade, chamadoMartin Luther King, participou de uma marcha que reuniu uma multidão de cerca de 250 mil de pessoas, cansadas do racismo que sofriam. O resultado dessa ação foi a aprovação, em 1964, da Lei dos Direitos Civis, vista como o primeiro passo no combate ao racismo dado pelo Governo Federal Norte-Americano.