Por Bruno Volpini
O homem consciente de sua existência e atos surgiu há cerca de 60.000 anos na África, afirma o professor Michal Kobusiewicz do Instituto de Arqueologia e Etnologia da Academia Polonesa de Ciências.
Em artigo publicado pelo jornal Rzeczpospolita, Kobusiewicz afirma que há 60.000 o ser humano fez uma série de invenções que mudaram de maneira radical sua forma de vida.
"Inventou, antes de tudo, muitas ferramentas com as quais podia melhorar suas condições de vida e substâncias com as quais podia pintar, inclusive seu corpo", explica o professor.
Nesse mesmo período apareceram também símbolos desenhados pelo homem, figuras geométricas e sinais gravados nas rochas e objetos de madeira e osso, acrescenta.
Kobusiewicz destaca que os cientistas interpretam esses "rabiscos" como as primeiras obras geradas por uma mente capaz de pensar de maneira abstrata.
O professor polonês, que participou da expedição organizada na Tanzânia, na bacia do rio Loyiangalami, pelo professor John Bower da Universidade de Berkeley, opina que a descoberta de adornos confeccionados com casca de ovos de avestruz confirma essa hipótese.
Todos esses indícios levam a pensar que o ser humano daquele tempo viveu uma transformação muito profunda de suas formas de pensar e começou a se perceber como um sujeito independente dos demais, como um indivíduo, ou seja, que nessa nova forma de pensar apareceu o "eu".
"Como arqueólogo, eu opino que foi exatamente esse o momento no qual nasceu o Homo sapiens do qual nós somos descendentes diretos", conclui Kobusiewicz.
P A R A B E N S !!!!!!!
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